sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O TREM


Noite.
Berlim passou e ficou para trás.
O trem que estava repleto de pessoas falando a língua dos filósofos, cortou a noite.
Nas minhas mãos trago meu coração dentro de uma caixa cheia de pó e sonhos.
Fui pensando como era atravessar a neve sem derretê-la, como trem o faz, fui pensando em você.
Não há bebida que traga você e nem tiro no peito que me faça esquecer, então arrumo o fuzil, como se ele fosse meu último amigo e espreito o dia tentar acordar sem violência, drama ou trégua.

LECTOR JUSTICARD